KATIE BOUMAN 

UMA DAS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS POR CRIAR UM ALGORITMO CAPAZ DE GERAR A IMAGEM DO BURACO NEGRO 

* Indiana / EUA (1989)

Katie Bouman liderou o desenvolvimento do algoritmo CHIRP, em 2016, para criar a primeira imagem de um buraco negro ao unir 5 petabytes de dados de radiotelescópios. Com um Ph.D. pelo MIT, Bouman é pós-doutoranda no Event Horizon Telescope e professora assistente no Caltech/MIT, enfatizando o papel da computação na pesquisa astronômica.


Katherine (Katie) Bouman desempenhou um papel crucial na criação do algoritmo CHIRP em 2016, que permitiu a combinação de 5 petabytes de dados coletados por oito radiotelescópios ao redor do mundo, formando um telescópio virtual do tamanho da distância máxima entre eles. Esse algoritmo foi essencial para gerar a primeira imagem de um buraco negro. O desafio consistiu em harmonizar as diferentes taxas de aquisição de dados dos telescópios e desenvolver um método para identificar e excluir ruídos de interferência, refinando as imagens coletadas.
Katie Bouman, com um Ph.D. pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ingressou no projeto há seis anos, quando o MIT lançou a iniciativa. Ela possui formação em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação e atualmente é pós-doutoranda no Event Horizon Telescope (EHT), além de lecionar como professora assistente no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) no departamento de ciência da computação do MIT. Seu trabalho exemplifica a importância da colaboração científica e da aplicação da computação em avanços notáveis na astronomia.

Fonte: SBF. 

VERA RUBIN


ASTRÔNOMA E RAINHA DAS GALÁXIAS


* Pensilvânia / EUA (1928) + Nova Jersey / EUA (2016)


Vera Cooper Rubin, astrônoma norte-americana, desafiou obstáculos de gênero ao provar a existência da matéria escura no universo. Rejeitada pela Universidade de Princeton, ela obteve seu doutorado em Georgetown, destacando-se pela pesquisa sobre galáxias. Apesar de suas contribuições notáveis, nunca recebeu o Prêmio Nobel da Física, mas seu legado inspira a igualdade de gênero na ciência. Vera Rubin continuou sua pesquisa até falecer aos 88 anos.


Vera Cooper Rubin, nascida em 1928 na Filadélfia, EUA, é uma inspiradora cientista que desafiou as barreiras enfrentadas pelas mulheres no campo das exatas. Desde sua infância, ela demonstrou uma paixão pela astronomia, construindo seu próprio telescópio com a ajuda de seu pai. No entanto, sua jornada acadêmica não foi fácil, pois a Universidade de Princeton a rejeitou devido ao seu gênero, forçando-a a obter seu mestrado em Cornell e doutorado em Georgetown. Mesmo enfrentando discriminação e obstáculos, Vera Rubin perseverou, ganhando acesso ao Observatório Palomar, na Califórnia, e, ao estudar a galáxia Andrômeda, comprovou a existência da matéria escura, uma descoberta revolucionária. Apesar de suas contribuições significativas para a ciência, ela nunca recebeu o Prêmio Nobel da Física, destacando as desigualdades de gênero persistentes na área. Vera Rubin continuou sua pesquisa até sua morte aos 88 anos, deixando um legado inspirador para as futuras gerações.

Vera Rubin é um exemplo inspirador de uma cientista que quebrou barreiras de gênero e fez contribuições notáveis para o campo da astronomia. Sua dedicação à pesquisa e sua coragem em enfrentar adversidades demonstram a importância de promover a igualdade de gênero nas ciências e lembrar que o verdadeiro prêmio está na busca do conhecimento e na descoberta de algo novo no universo. Sua história é um lembrete de que o talento e a paixão não têm gênero, e que as mulheres têm um papel fundamental a desempenhar no avanço da ciência. 


Fonte: Espaço do Conhecimento (UFMG). 


MARGARET HAMILTON

MÃE CIENTISTA NA LIDERANÇA DA APOLLO 11

* Indiana / EUA (1936) 

Margaret Hamilton, uma cientista da computação com formação em Matemática, desafiou estereótipos de gênero ao liderar o desenvolvimento do software de voo da Apollo 11 da NASA e receber a Medalha Presidencial da Liberdade. Sua carreira abrangente abrangeu meteorologia, programação de defesa aérea e inovações na engenharia de software. Ela quebrou barreiras, destacou a importância da diversidade nas ciências e inspirou futuras gerações.



Margaret Hamilton, uma cientista da computação com formação em Matemática, deixou uma marca indelével na história da ciência da computação e da exploração espacial. Sua carreira notável incluiu mais de 50 projetos e uma destacada contribuição no desenvolvimento do software de voo da Apollo 11 da NASA, que lhe rendeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2016. Antes de seu papel fundamental na Apollo 11, Hamilton acumulou experiência em previsão climatológica e programação para o projeto SAGE, além de liderar uma equipe no MIT dedicada ao projeto Apollo. Ela quebrou barreiras de gênero ao se autodenominar "Engenheira de Software" e enfrentou desafios na conciliação entre trabalho e maternidade, ressaltando a importância de reconhecer a jornada contínua das mulheres.
O legado de Margaret Hamilton transcende estereótipos e enfatiza a necessidade de mais mulheres nas ciências, mostrando como a diversidade de gênero pode impulsionar avanços significativos. Sua trajetória inspiradora destaca a perseverança, inovação e a importância de reconhecer o trabalho das mulheres em áreas historicamente dominadas por homens, preparando o terreno para um futuro mais inclusivo e igualitário nas ciências e na tecnologia.

Fonte: SBC Horizontes. 

SALLY RIDE

PRIMEIRA MULHER AMERICANA A VIAJAR PARA O ESPAÇO 

* Los Angeles / EUA (1951) + La Jolla / EUA (2012)

Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço e astronauta LGBT, nasceu em Los Angeles em 1951, graduou-se em Inglês e Física em Stanford e obteve um PhD em Física. Ela quebrou barreiras de gênero ao ser selecionada como uma das primeiras astronautas da NASA, voando em 1983 e 1984. 



Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço e a primeira astronauta abertamente LGBT conhecida, nasceu em 1951 em Los Angeles, Califórnia, vindo de uma família com um fundo acadêmico e um compromisso com a justiça social. Depois de se formar em Inglês e Física pela Stanford University e obter um PhD em Física, Ride superou uma intensa competição para se tornar uma das seis primeiras astronautas da NASA. Em 1983, ela fez história ao se tornar a primeira mulher americana a viajar para o espaço a bordo do ônibus espacial Challenger, e em 1984, realizou outra missão espacial.
Além de suas conquistas na NASA, Sally Ride quebrou barreiras de gênero e continuou a inspirar mulheres e meninas a seguir carreiras em STEM. Após sua carreira na NASA, ela se tornou professora de física e co-fundou a organização sem fins lucrativos Sally Ride Science, dedicada a inspirar jovens a explorar as ciências e as carreiras relacionadas. Apesar de sua morte em 2012, seu legado perdura, influenciando uma mudança significativa na diversidade de gênero na NASA e inspirando futuras gerações de cientistas e astronautas. Seu impacto se estendeu além das fronteiras da exploração espacial, deixando um legado duradouro de igualdade de oportunidades e empoderamento feminino nas ciências. 

Fonte: Storyboard That.
MARY JACKSON 

PRIMEIRA MULHER NEGRA ENGENHEIRA DA NASA

* Hampton / EUA (1921) + Hampton / EUA (2005)

Mary Jackson nasceu em 1921, formou-se em matemática e ciências físicas e ingressou na NASA em 1951. Tornou-se a primeira mulher negra engenheira da NASA em 1958. Posteriormente, mudou de carreira para promover a igualdade de oportunidades e orientar jovens mulheres e minorias. Sua carreira na NASA durou até sua aposentadoria em 1985.



Mary Jackson, nascida em 9 de abril de 1921 em Hampton, Virgínia, foi uma pioneira na NASA e uma figura inspiradora na luta por igualdade e oportunidades para as minorias. Após concluir seus estudos em matemática e ciência física, ela ingressou na NACA (predecessora da NASA) em 1951 como matemática, superando barreiras raciais e de gênero para se tornar a primeira mulher negra engenheira da NASA em 1958. Durante quase duas décadas, Mary se destacou em sua carreira, especializando-se em túneis de vento e análise de dados de aeronaves experimentais. No entanto, ao enfrentar dificuldades para avançar em sua carreira, ela fez a transição para o cargo de Gerente do Programa de Oportunidades Iguais, onde dedicou-se a aconselhar e apoiar jovens mulheres e minorias em suas trajetórias profissionais. Mary continuou a trabalhar na NASA até sua aposentadoria em 1985, deixando um legado duradouro de determinação, inclusão e mentorship.
O impacto de Mary Jackson na NASA e na sociedade transcendeu suas realizações profissionais, pois ela se tornou um modelo a ser seguido, incentivando futuras gerações a perseguirem seus sonhos e superarem barreiras. Sua história de resiliência e dedicação continua a inspirar aqueles que buscam igualdade de oportunidades e reconhecimento de talentos, independentemente de sua origem racial ou de gênero.

Fonte: M de Maravilhosa. 
DOROTHY VAUGHAN

PRIMEIRA SUPERVISORA NEGRA DA NASA

Kansas City / EUA (1910) + Hampton / EUA (2008)

Dorothy Vaughan destacou-se como uma das mentes mais talentosas dos Estados Unidos durante a era da corrida espacial, mesmo enfrentando a flagrante discriminação racial que caracterizava a época. Ela desempenhou um papel pioneiro na implementação de computadores para realizar cálculos de trajetória em projetos da NASA, deixando uma marca indelével na história da agência espacial.



Dorothy Vaughan, originalmente Dorothy Johnson, graduou-se em ciências na Universidade de Wilberforce em 1929. Casou-se com Howard Vaughan em 1932, permanecendo casada até seu falecimento em 2008. Devido à Grande Depressão, ela abandonou a ideia de cursar um mestrado e se tornou professora de matemática em Farmville, Virgínia.
Sua trajetória mudou em 1943 quando a Ordem 8802 do presidente Franklin Roosevelt abriu portas para oportunidades na National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), precursora da NASA. Vaughan foi admitida como uma das primeiras mulheres negras a trabalhar como "computadora", encarregada de cálculos cruciais para a corrida espacial. Apesar das baixas expectativas, ela se destacou e se tornou a primeira supervisora negra da NACA em 1949.
Quando a NASA surgiu em 1958, Vaughan e sua equipe enfrentaram a transição para computadores IBM. Em vez de aceitar o desemprego iminente, ela aprendeu e ensinou programação FORTRAN, garantindo empregos para sua equipe e expandindo as oportunidades para mulheres negras no campo. Seu legado persiste como um exemplo de perseverança, inteligência e luta por igualdade de direitos, e sua história inspirou o filme "Hidden Figures" (Estrelas Além do Tempo), lançado em 2016. Dorothy Vaughan é reconhecida como uma das mentes mais brilhantes da NASA e uma figura essencial na exploração espacial.

Fonte: Eldorado - Inspiração pelo novo. 
MARGARET BURBIDGE 

PIONEIRA NO ESTUDO DOS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM O UNIVERSO

* Davenport (1919) + São Francisco (2020)

Margaret Burbidge, astrônoma, co-autora de estudo em 1957 sobre origem dos elementos nas estrelas. Suas pesquisas influenciaram a compreensão do Universo e inspiraram gerações de cientistas, superando desafios de gênero em uma época predominantemente masculina na ciência.




Eleanor Margaret Peachey, nascida em 1919, cresceu em uma família com forte influência científica e desde cedo demonstrou paixão pela astronomia. Durante a Segunda Guerra Mundial, estudou astronomia e casou-se com Geoffrey Burbidge, iniciando uma vida dedicada à pesquisa científica. Enfrentou discriminação de gênero ao longo de sua carreira, mas nunca se deixou abater, encontrando soluções criativas para superar obstáculos. Além de suas contribuições para a astronomia, Margaret Burbidge também defendeu a igualdade de gênero na ciência, recusando prêmios baseados no sexo e incentivando a participação das mulheres na área. Seu legado inspira a perseverança e o ativismo científico, demonstrando como uma pessoa pode ser pioneira mesmo em tempos desafiadores.
Margaret Burbidge, uma cientista notável do século passado, enfrentou adversidades e discriminação de gênero ao longo de sua carreira, mas sua paixão pela astronomia a impulsionou a superar obstáculos. Ela não apenas fez contribuições significativas para a ciência, mas também defendeu a igualdade de gênero, recusando prêmios baseados no sexo e promovendo a participação das mulheres na astronomia. Seu exemplo inspira cientistas a enfrentar desafios e acreditar no potencial da ciência para melhorar as vidas humanas, mesmo em tempos difíceis, mantendo a esperança em um futuro onde o conhecimento científico possa ser uma força positiva para toda a humanidade.

Fonte: Revista Galileu (Globo).

VALENTINA TERESHKOVA 


PRIMEIRA MULHER A FAZER UMA VIAGEM AO ESPAÇO


Valentina Tereshkova, uma cosmonauta soviética de renome mundial, é amplamente reconhecida como a pioneira feminina no espaço, tendo alcançado este feito notável a bordo da espaçonave Vostok 6. Ela passou quase 71 horas em órbita, completando 48 órbitas ao redor da Terra, e sua conquista a tornou uma verdadeira heroína nacional em seu país de origem.



Valentina Tereshkova, nascida em 6 de março de 1937, em Bolshoye Maslennikovo, União Soviética, enfrentou uma infância difícil após a morte de seu pai, Vladimir Tereshkov, na Guerra de Inverno. Sua mãe, Elena Tereshkova, mudou-se para Yaroslavl, onde Valentina cresceu, teve acesso à educação e, aos 18 anos, começou a trabalhar como operária. Durante a corrida espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, Tereshkova se inscreveu no programa soviético para enviar uma mulher ao espaço, passou por rigorosos testes e foi selecionada para a missão da Vostok 6 em 1963. Após se tornar a primeira mulher a orbitar a Terra, ela se tornou uma heroína nacional, recebendo honrarias do governo soviético. Embora tenha sido proibida de retornar ao espaço após a missão, Valentina Tereshkova permaneceu envolvida na política e foi eleita para a Duma Federal russa em 2011.

Além de sua notável carreira no espaço, Tereshkova teve duas uniões matrimoniais, primeiro com o cosmonauta Adrian Nikolayev e depois com o cirurgião Yuli Shaposhnikov, e teve uma filha chamada Elena, tornando-se uma figura influente tanto no espaço quanto na política russa ao longo de sua vida.


Fonte: História do Mundo. 

HEDY LAMARR


A MÃE DO WI-FI 


* Viena (1914) + Casselbery (2000)


Hedy Lamarr, cujo nome real era Hedwig Eva Marie Kiesler, foi uma atriz famosa e também uma notável cientista. Durante a Segunda Guerra Mundial, inventou um dispositivo de interferência em rádio para evitar radares nazistas, embora tenha sido inicialmente rejeitado. Sua invenção só foi usada em 1962 durante a Crise dos Mísseis. Suas ideias contribuíram para tecnologias como Wi-Fi e CDMA, rendendo-lhe o título de "mãe do telefone celular" ou "mãe do Wi-Fi". 


Hedy Lamarr, cujo verdadeiro nome era Hedwig Eva Marie Kiesler, nasceu em Viena em 1914 e teve uma educação excepcional desde jovem. Ela era uma atriz famosa, notória por seu papel no filme "Êxtase", que causou polêmica na época. Casou-se duas vezes, sendo a segunda com um homem controlador que a manteve em cativeiro e a envolveu em reuniões nazistas. Felizmente, ela conseguiu escapar do país em 1937 e se naturalizou americana em 1953.

No entanto, Hedy Lamarr também era uma cientista. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela inventou um dispositivo de interferência em rádio, em parceria com George Anthiel, para despistar os radares nazistas. Sua invenção foi rejeitada pelo Conselho Nacional de Inventores devido ao machismo, resultando no fracasso dos torpedos americanos devido à sua imprecisão. Somente em 1962, durante a Crise dos Mísseis, sua invenção foi oficialmente utilizada. A contribuição de Lamarr para a ciência só foi reconhecida em 1997, quando a Electronic Frontier Foundation a premiou. Sua ideia original levou ao desenvolvimento de tecnologias de comunicação, como o Wi-Fi e o CDMA, e ela ficou conhecida como a "mãe do telefone celular" e a "mãe do Wi-Fi".

Apesar de suas realizações, Hedy Lamarr não lucrou com suas invenções e recebeu pouca notoriedade na época. Somente em 1997, o governo dos Estados Unidos a homenageou por suas contribuições à eletrônica. No final dos anos 1960, ela parou de trabalhar como atriz e viveu isolada em sua casa em Orlando até seus últimos anos de vida.


Fonte: Unicentro Paraná (Rafaela Choqueti Camargo de Meira).

 EVE CURIE


A AVENTUREIRA DA FAMÍLIA CURIE


* França (1904) + Estados Unidos da América (2007)


Eve Curie, a caçula de Marie Skłodowska-Curie e Pierre Curie, assumiu a responsabilidade de escrever a biografia de Marie Curie. Nos anos derradeiros de sua vida, Marie encontrou em sua filha mais nova, Eve, uma confidente.


Eve Curie, filha mais nova de Marie Skłodowska-Curie e Pierre Curie, inicialmente tinha uma paixão pela música e chegou a se apresentar em concertos pela Europa. No entanto, sua vida tomou um rumo diferente quando optou por se dedicar à escrita e se tornou crítica de música e cinema em várias revistas. Em 1937, ela escreveu a biografia de sua mãe, Marie Curie, intitulada "Madame Curie", que se tornou um best-seller e foi adaptada para um filme de Hollywood em 1943. Esse sucesso a projetou como uma autora renomada e uma figura pública.

Eve posteriormente se casou com Henry Labouisse, um diplomata americano que foi diretor-executivo do UNICEF, e ela o acompanhou em sua jornada pelo mundo. Ela se tornou uma ativista de direitos humanos e desempenhou um papel ativo no UNICEF, viajando para países em desenvolvimento e apoiando as iniciativas da organização. Eve foi conhecida como "a primeira-dama do UNICEF" e usou suas habilidades e influência para promover a paz e o desenvolvimento, deixando um legado importante na defesa das crianças em todo o mundo.


Fonte: BBC News Brasil. 

IRÈNE JOLIOT-CURIE


CIENTISTA FRANCESA


* França (1897) + Paris (1956)


Irène Joliot-Curie, uma renomada química do século XX, desempenhou um papel de grande relevância na ciência. Originária de uma família de renomados cientistas, seus pais, Marie e Pierre Curie, colaboraram em conjunto na descoberta de novos elementos químicos.


Iréne Curie, a primogênita de Marie e Pierre Curie, nasceu em 12 de setembro de 1897, na França. Órfã de pai na infância, sua mãe e outros parentes cuidaram de sua educação, proporcionando-lhe uma educação diversificada que incluía matemática, artes, chinês e ciências.

Após iniciar seus estudos formais no Collège Sévigné, ela ingressou na Universidade de Paris, mas teve que interrompê-los devido à Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra, Iréne acompanhou sua mãe Marie no atendimento aos feridos, utilizando equipamentos de raio-X móveis em hospitais de campanha.

Após a guerra, Iréne continuou seus estudos no Instituto Curie, pesquisando raios alfa do polônio, uma extensão das descobertas de seus pais. Em 1924, conheceu o cientista Frédéric Joliot e, após casarem-se em 1926, formaram uma parceria de pesquisa notável, conduzindo pesquisas em química e física.

Em 1934, o casal realizou experimentos com polônio e descobriu mais elementos químicos, conseguindo criar radioatividade artificial. Isso lhes valeu o Prêmio Nobel de Química em 1935, consolidando a família Curie como uma das mais premiadas da história.

O casal teve dois filhos, Pierre Joliot e Hélène Langevin-Joliot, ambos cientistas. Iréne e Frédéric eram engajados politicamente, alinhando-se com o socialismo e opondo-se ao fascismo. Mantiveram suas pesquisas em segredo por medo de que caíssem nas mãos dos nazistas.

Iréne também advogava por causas femininas e era ativa no Comitê Nacional da União das Mulheres Francesas e no Conselho pela Paz Mundial. Como sua mãe, Iréne também sucumbiu à exposição prolongada a elementos radioativos e faleceu de leucemia em 17 de março de 1956, aos 58 anos, no Hospital Curie, em Paris.


Fonte: eBiografia. 

 MARIE CURIE 


A PRIMEIRA MULHER A RECEBER O PRÊMIO NOBEL 


* Varsóvia, Polônia (1867) + Passy, França (1934)


Marie Curie, cientista de origem polonesa que se tornou cidadã francesa, desempenhou um papel crucial nos estudos relacionados à radioatividade e ficou registrada como a primeira mulher a ser agraciada com um Prêmio Nobel. Ela também é reconhecida por suas descobertas dos elementos químicos rádio e polônio, este último nomeado em homenagem ao seu país de nascimento.



Marie Salomea Skłodowska, nascida em Varsóvia, Polônia, em 7 de novembro de 1867, cresceu como a caçula de cinco irmãos após a perda de sua mãe quando tinha apenas 10 anos. Naquela época, a Polônia estava sob domínio do Império Russo, e sua família havia sacrificado bens em apoio à luta pela independência polonesa. Em 1903, Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel de Física juntamente com seu marido e Henri Becquerel, em reconhecimento às suas descobertas no campo da radioatividade, e também concluiu seu doutorado em ciências no mesmo ano. Após a morte de seu marido em 1906, ela se tornou a primeira mulher a lecionar Física Geral na prestigiosa Universidade da Sorbonne.

Em 1911, Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel de Química por suas descobertas dos elementos químicos rádio e polônio. Em 1914, fundou o Instituto Curie em Paris, dedicado à pesquisa das aplicações médicas do rádio no tratamento de pacientes com câncer.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie criou unidades móveis de radiografia para auxiliar no atendimento aos soldados feridos. Ela e sua filha, Irène, convenceram médicos a utilizar sua invenção para salvar vidas de combatentes.

Infelizmente, Marie Curie contraiu leucemia devido à exposição à radioatividade e faleceu aos 66 anos em 4 de julho de 1934, em Passy, na França.

Além de suas realizações científicas, Marie Curie também teve um impacto significativo na educação científica. Ela foi professora, dando aulas particulares em famílias ricas na Polônia e na França, e lecionou no ensino secundário. Ela acreditava que a educação deveria ser prática e envolvente, enfatizando a realização de experimentos e a interação com o mundo real, em vez de apenas teoria. Marie Curie também participou de um projeto cooperativo de ensino, com o objetivo de ensinar ciência de maneira prática e experimental às crianças.


Fonte: Toda Matéria. 

ARTEMISIA GENTILESCHI 


A PINTORA VIOLENTADA 


* Roma (1593) + Nápoles (1654)


Artemisia Gentileschi, a primeira mulher a ser admitida na prestigiosa Academia de Belas Artes de Florença. Dona de obras icônicas, utilizou a dor de ter sido estuprada para criar verdadeiras obras de arte. 



Artemisia Gentileschi, nascida em Roma em 1593, foi a filha mais velha de Orazio Gentileschi e a única mulher entre seus quatro filhos. Ela aprendeu a pintar no estúdio de seu pai, influenciada pelo estilo naturalista de Caravaggio, notável por sua dramatização e contrastes de cores fortes. Nesse período, Roma estava passando por mudanças urbanas significativas que atraíram muitos artistas em busca de oportunidades de trabalho, incluindo Agostino Tassi, um pintor especializado em paisagens.

Tassi e Orazio trabalharam juntos em projetos de afrescos, e uma amizade se desenvolveu entre eles. No entanto, Tassi agrediu sexualmente Artemisia quando ela tinha 18 anos. Ela levou um ano para denunciá-lo, o que resultou em uma opinião pública dividida, com muitos acreditando que a agressão foi, na verdade, consensual. Tassi foi condenado em 1612 e teve a escolha entre cinco anos de trabalhos forçados ou exílio, optando pelo último.

Orazio organizou um casamento para Artemisia pouco depois da condenação de Tassi, na tentativa de restaurar sua reputação. Ela se casou com o pintor Pierantonio Stiattesi e se mudou para Florença.

Artemisia já havia começado a pintar figuras femininas fortes, inspiradas pela Bíblia e pela mitologia, com uma perspectiva feminina. Uma de suas obras notáveis é "Susana e os Anciãos", que retrata a história bíblica de Susana, uma mulher assediada sexualmente por dois juízes. Artemisia escolheu retratá-la como uma figura vulnerável e assustada, desafiando a representação tradicional.

Em Florença, ela pintou sua obra mais famosa, "Judite decapitando Holofernes", uma cena bíblica que muitos interpretaram como um desejo de vingança pela agressão que sofreu. Artemisia revisitou os temas de Susana e Judite em outras pinturas ao longo de sua vida.

Apesar de ter alcançado alguma fama em sua época, Artemisia caiu no esquecimento após sua morte em 1654, em Nápoles. Sua redescoberta ocorreu na segunda metade do século XX, quando sua arte começou a ser apreciada novamente por críticos e ela se tornou um ícone do movimento pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.


Fonte: BBC. 



SONIA GUIMARÃES PRIMEIRA MULHER NEGRA DOUTORA EM FÍSICA NO BRASIL  * São Paulo / BRASIL (1957) Sonia Guimarães é um exemplo vivo de determin...