VERA RUBIN
ASTRÔNOMA E RAINHA DAS GALÁXIAS
* Pensilvânia / EUA (1928) + Nova Jersey / EUA (2016)
Vera Cooper Rubin, astrônoma norte-americana, desafiou obstáculos de gênero ao provar a existência da matéria escura no universo. Rejeitada pela Universidade de Princeton, ela obteve seu doutorado em Georgetown, destacando-se pela pesquisa sobre galáxias. Apesar de suas contribuições notáveis, nunca recebeu o Prêmio Nobel da Física, mas seu legado inspira a igualdade de gênero na ciência. Vera Rubin continuou sua pesquisa até falecer aos 88 anos.
Vera Rubin é um exemplo inspirador de uma cientista que quebrou barreiras de gênero e fez contribuições notáveis para o campo da astronomia. Sua dedicação à pesquisa e sua coragem em enfrentar adversidades demonstram a importância de promover a igualdade de gênero nas ciências e lembrar que o verdadeiro prêmio está na busca do conhecimento e na descoberta de algo novo no universo. Sua história é um lembrete de que o talento e a paixão não têm gênero, e que as mulheres têm um papel fundamental a desempenhar no avanço da ciência.
Fonte: Espaço do Conhecimento (UFMG).
VALENTINA TERESHKOVA
PRIMEIRA MULHER A FAZER UMA VIAGEM AO ESPAÇO
Valentina Tereshkova, uma cosmonauta soviética de renome mundial, é amplamente reconhecida como a pioneira feminina no espaço, tendo alcançado este feito notável a bordo da espaçonave Vostok 6. Ela passou quase 71 horas em órbita, completando 48 órbitas ao redor da Terra, e sua conquista a tornou uma verdadeira heroína nacional em seu país de origem.
Valentina Tereshkova, nascida em 6 de março de 1937, em Bolshoye Maslennikovo, União Soviética, enfrentou uma infância difícil após a morte de seu pai, Vladimir Tereshkov, na Guerra de Inverno. Sua mãe, Elena Tereshkova, mudou-se para Yaroslavl, onde Valentina cresceu, teve acesso à educação e, aos 18 anos, começou a trabalhar como operária. Durante a corrida espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, Tereshkova se inscreveu no programa soviético para enviar uma mulher ao espaço, passou por rigorosos testes e foi selecionada para a missão da Vostok 6 em 1963. Após se tornar a primeira mulher a orbitar a Terra, ela se tornou uma heroína nacional, recebendo honrarias do governo soviético. Embora tenha sido proibida de retornar ao espaço após a missão, Valentina Tereshkova permaneceu envolvida na política e foi eleita para a Duma Federal russa em 2011.
Além de sua notável carreira no espaço, Tereshkova teve duas uniões matrimoniais, primeiro com o cosmonauta Adrian Nikolayev e depois com o cirurgião Yuli Shaposhnikov, e teve uma filha chamada Elena, tornando-se uma figura influente tanto no espaço quanto na política russa ao longo de sua vida.
Fonte: História do Mundo.
HEDY LAMARR
A MÃE DO WI-FI
* Viena (1914) + Casselbery (2000)
Hedy Lamarr, cujo nome real era Hedwig Eva Marie Kiesler, foi uma atriz famosa e também uma notável cientista. Durante a Segunda Guerra Mundial, inventou um dispositivo de interferência em rádio para evitar radares nazistas, embora tenha sido inicialmente rejeitado. Sua invenção só foi usada em 1962 durante a Crise dos Mísseis. Suas ideias contribuíram para tecnologias como Wi-Fi e CDMA, rendendo-lhe o título de "mãe do telefone celular" ou "mãe do Wi-Fi".
Hedy Lamarr, cujo verdadeiro nome era Hedwig Eva Marie Kiesler, nasceu em Viena em 1914 e teve uma educação excepcional desde jovem. Ela era uma atriz famosa, notória por seu papel no filme "Êxtase", que causou polêmica na época. Casou-se duas vezes, sendo a segunda com um homem controlador que a manteve em cativeiro e a envolveu em reuniões nazistas. Felizmente, ela conseguiu escapar do país em 1937 e se naturalizou americana em 1953.
No entanto, Hedy Lamarr também era uma cientista. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela inventou um dispositivo de interferência em rádio, em parceria com George Anthiel, para despistar os radares nazistas. Sua invenção foi rejeitada pelo Conselho Nacional de Inventores devido ao machismo, resultando no fracasso dos torpedos americanos devido à sua imprecisão. Somente em 1962, durante a Crise dos Mísseis, sua invenção foi oficialmente utilizada. A contribuição de Lamarr para a ciência só foi reconhecida em 1997, quando a Electronic Frontier Foundation a premiou. Sua ideia original levou ao desenvolvimento de tecnologias de comunicação, como o Wi-Fi e o CDMA, e ela ficou conhecida como a "mãe do telefone celular" e a "mãe do Wi-Fi".
Apesar de suas realizações, Hedy Lamarr não lucrou com suas invenções e recebeu pouca notoriedade na época. Somente em 1997, o governo dos Estados Unidos a homenageou por suas contribuições à eletrônica. No final dos anos 1960, ela parou de trabalhar como atriz e viveu isolada em sua casa em Orlando até seus últimos anos de vida.
Fonte: Unicentro Paraná (Rafaela Choqueti Camargo de Meira).
EVE CURIE
A AVENTUREIRA DA FAMÍLIA CURIE
* França (1904) + Estados Unidos da América (2007)
Eve Curie, a caçula de Marie Skłodowska-Curie e Pierre Curie, assumiu a responsabilidade de escrever a biografia de Marie Curie. Nos anos derradeiros de sua vida, Marie encontrou em sua filha mais nova, Eve, uma confidente.
Eve posteriormente se casou com Henry Labouisse, um diplomata americano que foi diretor-executivo do UNICEF, e ela o acompanhou em sua jornada pelo mundo. Ela se tornou uma ativista de direitos humanos e desempenhou um papel ativo no UNICEF, viajando para países em desenvolvimento e apoiando as iniciativas da organização. Eve foi conhecida como "a primeira-dama do UNICEF" e usou suas habilidades e influência para promover a paz e o desenvolvimento, deixando um legado importante na defesa das crianças em todo o mundo.
Fonte: BBC News Brasil.
IRÈNE JOLIOT-CURIE
CIENTISTA FRANCESA
* França (1897) + Paris (1956)
Irène Joliot-Curie, uma renomada química do século XX, desempenhou um papel de grande relevância na ciência. Originária de uma família de renomados cientistas, seus pais, Marie e Pierre Curie, colaboraram em conjunto na descoberta de novos elementos químicos.
Após iniciar seus estudos formais no Collège Sévigné, ela ingressou na Universidade de Paris, mas teve que interrompê-los devido à Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra, Iréne acompanhou sua mãe Marie no atendimento aos feridos, utilizando equipamentos de raio-X móveis em hospitais de campanha.
Após a guerra, Iréne continuou seus estudos no Instituto Curie, pesquisando raios alfa do polônio, uma extensão das descobertas de seus pais. Em 1924, conheceu o cientista Frédéric Joliot e, após casarem-se em 1926, formaram uma parceria de pesquisa notável, conduzindo pesquisas em química e física.
Em 1934, o casal realizou experimentos com polônio e descobriu mais elementos químicos, conseguindo criar radioatividade artificial. Isso lhes valeu o Prêmio Nobel de Química em 1935, consolidando a família Curie como uma das mais premiadas da história.
O casal teve dois filhos, Pierre Joliot e Hélène Langevin-Joliot, ambos cientistas. Iréne e Frédéric eram engajados politicamente, alinhando-se com o socialismo e opondo-se ao fascismo. Mantiveram suas pesquisas em segredo por medo de que caíssem nas mãos dos nazistas.
Iréne também advogava por causas femininas e era ativa no Comitê Nacional da União das Mulheres Francesas e no Conselho pela Paz Mundial. Como sua mãe, Iréne também sucumbiu à exposição prolongada a elementos radioativos e faleceu de leucemia em 17 de março de 1956, aos 58 anos, no Hospital Curie, em Paris.
Fonte: eBiografia.
MARIE CURIE
A PRIMEIRA MULHER A RECEBER O PRÊMIO NOBEL
* Varsóvia, Polônia (1867) + Passy, França (1934)
Marie Curie, cientista de origem polonesa que se tornou cidadã francesa, desempenhou um papel crucial nos estudos relacionados à radioatividade e ficou registrada como a primeira mulher a ser agraciada com um Prêmio Nobel. Ela também é reconhecida por suas descobertas dos elementos químicos rádio e polônio, este último nomeado em homenagem ao seu país de nascimento.
Em 1911, Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel de Química por suas descobertas dos elementos químicos rádio e polônio. Em 1914, fundou o Instituto Curie em Paris, dedicado à pesquisa das aplicações médicas do rádio no tratamento de pacientes com câncer.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie criou unidades móveis de radiografia para auxiliar no atendimento aos soldados feridos. Ela e sua filha, Irène, convenceram médicos a utilizar sua invenção para salvar vidas de combatentes.
Infelizmente, Marie Curie contraiu leucemia devido à exposição à radioatividade e faleceu aos 66 anos em 4 de julho de 1934, em Passy, na França.
Além de suas realizações científicas, Marie Curie também teve um impacto significativo na educação científica. Ela foi professora, dando aulas particulares em famílias ricas na Polônia e na França, e lecionou no ensino secundário. Ela acreditava que a educação deveria ser prática e envolvente, enfatizando a realização de experimentos e a interação com o mundo real, em vez de apenas teoria. Marie Curie também participou de um projeto cooperativo de ensino, com o objetivo de ensinar ciência de maneira prática e experimental às crianças.
Fonte: Toda Matéria.
ARTEMISIA GENTILESCHI
A PINTORA VIOLENTADA
* Roma (1593) + Nápoles (1654)
Artemisia Gentileschi, a primeira mulher a ser admitida na prestigiosa Academia de Belas Artes de Florença. Dona de obras icônicas, utilizou a dor de ter sido estuprada para criar verdadeiras obras de arte.
Tassi e Orazio trabalharam juntos em projetos de afrescos, e uma amizade se desenvolveu entre eles. No entanto, Tassi agrediu sexualmente Artemisia quando ela tinha 18 anos. Ela levou um ano para denunciá-lo, o que resultou em uma opinião pública dividida, com muitos acreditando que a agressão foi, na verdade, consensual. Tassi foi condenado em 1612 e teve a escolha entre cinco anos de trabalhos forçados ou exílio, optando pelo último.
Orazio organizou um casamento para Artemisia pouco depois da condenação de Tassi, na tentativa de restaurar sua reputação. Ela se casou com o pintor Pierantonio Stiattesi e se mudou para Florença.
Artemisia já havia começado a pintar figuras femininas fortes, inspiradas pela Bíblia e pela mitologia, com uma perspectiva feminina. Uma de suas obras notáveis é "Susana e os Anciãos", que retrata a história bíblica de Susana, uma mulher assediada sexualmente por dois juízes. Artemisia escolheu retratá-la como uma figura vulnerável e assustada, desafiando a representação tradicional.
Em Florença, ela pintou sua obra mais famosa, "Judite decapitando Holofernes", uma cena bíblica que muitos interpretaram como um desejo de vingança pela agressão que sofreu. Artemisia revisitou os temas de Susana e Judite em outras pinturas ao longo de sua vida.
Apesar de ter alcançado alguma fama em sua época, Artemisia caiu no esquecimento após sua morte em 1654, em Nápoles. Sua redescoberta ocorreu na segunda metade do século XX, quando sua arte começou a ser apreciada novamente por críticos e ela se tornou um ícone do movimento pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Fonte: BBC.
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