NEFERTITI
RAINHA NA XVIII DINASTIA DO EGITO
Nefertiti desempenhou o papel de uma rainha na XVIII dinastia do Egito Antigo. Ela uniu-se em matrimônio ao faraó da Era do Novo Império, Amenófes IV. Juntos, eles promoveram uma transformação religiosa significativa, direcionando sua devoção exclusivamente ao deus Aton, cuja representação era o disco solar.
Nefertiti nasceu provavelmente em 1370 a. C. Viveu na época em que o Egito atingiu grande desenvolvimento militar e conquistou um vasto território – fase que foi denominada de Novo Império. (1580-1085 a.C.). No século XIV a.C., o Egito era governado pelo faraó Amenófis IV, marido da rainha Nefertiti, que reinou por 17 anos. Nefertiti recebeu o mesmo status do rei Amenófes IV. Alguns estudiosos acreditam que ela governou como consultora de seu marido.
Nessa época, a sociedade egípcia era marcada por profunda religiosidade, os egípcios adoravam diversos deuses, que eram representados em forma humana e animal. As forças da natureza bem como gatos, cães, serpentes e outros animais eram também objeto de adoração. O faraó, identificado como o deus principal, era autoridade máxima do Egito e merecedor de um culto divino. Os principais representantes desse deus eram os sacerdotes.
Visando diminuir o poder dos sacerdotes – que acabaram sendo expulsos – o faraó Amenofes e a rainha Nefertiti promoveram uma revolução religiosa no Egito, substituindo os deuses tradicionais por “Aton” simbolizado por um disco solar. Um templo ao deus Aton foi construído em Hermópolis e Amenófes passou a se chamar “Aquenaton”, isto é, supremo sacerdote do novo deus. Nefertiti, por ser esposa do faraó, acabou por absorver todas as divindades femininas que eram cultuadas no Egito. Passou a ser venerada como uma semideusa.
A reforma da religião não chegou a se incorporar definitivamente na crença popular. Contam os historiadores, que o novo deus Aquenaton foi obrigado a abandonar o palácio real de Tebas e ir morar em Tel-El-Amarna, não muito distante de Tebas. Nefertiti, fiel ao culto de um só deus acompanhou o faraó, diante da revolta do povo egípcio. Quase todos os traços do rei e de sua poderosa esposa foram apagados, talvez pelos sacerdotes que foram rejeitados. Seu sucessor, Tutancâmon, restaurou o culto aos antigos deuses e revogou a revolução religiosa.
Nefertiti que significa “A mais bela chegou”, é sempre descrita pelos historiadores como possuidora de uma inegável beleza. Essa descrição se confirmou quando, em 2013, a equipe de Arqueólogos alemães liderada por Ludwin Borchardt, fazendo escavações em Tel-El-Amarna, próximo à Tebas, no Egito, encontrou um busto de calcário de uma figura feminina de extrema beleza egípcia, “O Busto de Nefertiti”. A obra foi encontrada no ateliê do escultor real Tutmosis que deu grande delicadeza à figura de Nefertiti, a mais bela mulher do mundo. A obra encontra-se hoje no Museu de Berlim, na Alemanha.
A morte da rainha é um mistério. Para alguns historiadores ela foi assassinada pelos sacerdotes que foram expulsos durante a revolução religiosa. Sua morte é estimada em 1330 a.C.
Fonte: eBiografia.
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