Gladys Mae West

Gladys Mae West, foi uma mulher negra que dispunha de vasto saber. Essa americana era uma incrível matemática, que denotou um papel central e de suma significância no desenvolvimento e criação de um dispositivo amplamente utilizado na contemporaneidade, o GPS. 



Gladys Mae West, mulher, cientista e negra, nasceu em 1930 no estado da Virgínia, nos Estados Unidos (EUA). De família humilde, lutou muito para atingir seu objetivo de concluir os estudos e seguir carreira na área de sua formação, a Matemática.

No ensino médio, Gladys dedicou-se excepcionalmente a sua educação, onde se formou como primeira aluna da classe e ganhou uma bolsa de estudo na Universidade de Virgínia, ingressando na graduação de Matemática. Mesmo com a bolsa, necessitava trabalhar para manter-se na universidade, assim exercendo a função de babá. Após formada, lecionou por 2 anos antes de iniciar o mestrado.  

No ano 1956, foi a segunda mulher negra a ingressar no Campo de Provas Naval da Virgínia, em Dahlgren, onde sua função era coletar dados dos satélites em órbita e depois inseri-los nos supercomputadores da base para análise de elevações de superfície.   

Dedicada ao trabalho, Gladys foi indicada por seu supervisor para diretora do projeto do satélite Seasat, o primeiro com a função de sensoriamento remoto dos oceanos por meio de radar. Nesse projeto, Gladys realizou um trabalho excelente ganhando prêmio e, em pouco tempo, tornou-se programadora de supercomputadores e diretora do projeto de processamento de dados usados em análises de satélites.

Mas foi em 1980 que realizou seu maior trabalho: a programação que calculava o geoide da Terra com precisões suficientes para a existência do GPS. Além dos primeiros passos para a construção do GPS, ela também desenvolveu um guia para melhorar a precisão dos dados obtidos por satélites, que auxiliou os futuros cientistas em seus estudos.

 Na base naval, trabalhou por 42 anos e se aposentou em 1998. Logo após sua aposentadoria, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), o qual afetou diversas funções do corpo e, por meio de fisioterapia, recuperou-se e realizou seu doutorado em Administração Pública e Política. 

Além do AVC, também necessitou de quatro pontes de safena e tratou um câncer em 2011. Mesmo com toda sua dedicação e contribuição para sociedade, somente em 2018 Gladys foi inserida no Hall da Fama dos Pioneiros do Espaço e Mísseis da Força Aérea dos Estados Unidos. Atualmente, com 91 anos, é considerada uma das 100 mulheres influenciadoras e inspiradoras da BBC em 2018.

Fonte: Unicentro Paraná


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