O VOTO E O CÁRCERE

 Susan B. Anthony foi uma mulher que não se omitia frente as opressões imputadas as mulheres. Em uma época onde o voto feminino era proibido, ela se rebelou, votando nas eleições presidenciais de 1872, vindo a ser presa e julgada posteriormente. Susan passou toda sua vida lutando em prol da igualdade entre os gêneros.


As eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos marcam os 100 anos do voto feminino no país. Até 1920, nem todos os estados permitiam que as mulheres escolhessem seus governantes. Foi só com a aprovação da Décima Nona Emenda da Constituição que as mulheres passam a poder votar em todo o território nacional. Ela também é conhecida como Emenda Susan B. Anthony.

Depois de 148 anos, a líder do movimento pelo direito das mulheres está sendo perdoada por um crime que cometeu nas eleições de 1872: votar. Na última terça-feira (18), dia do centenário da Emenda, o presidente Donald Trump fez um discurso anunciando que assinaria um documento concedendo o perdão a ela.

Quatro dias antes das eleições de 1872, Susan foi até o escritório eleitoral da cidade de Rochester, em Nova York. Ela exigiu que seu nome fosse incluído na lista de eleitores. Os oficiais disseram que isso não poderia ser feito, mas ela insistiu e argumentou com base na Décima Quarta Emenda, que diz que todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos são cidadãs do país. Eventualmente, os oficiais cederam.

No dia 5 de novembro, ela e outras 14 mulheres registraram seus votos nas caixas eleitorais, mesmo sabendo que, tecnicamente, a ação era ilegal, pois a lei do estado de Nova York (e de todos os outros) só garantia o direito ao voto para cidadãos do sexo masculino. Posteriormente, todas elas foram detidas e condenadas a pagar uma multa de 100 dólares (equivalente a U$2.160 em valores atuais, ou R$12.210). Ela nunca pagou a taxa.

usan B. Anthony é uma das fundadoras do movimento pelo direito das mulheres nos EUA e dedicou mais de 50 anos de sua vida à luta. Ela conduziu protestos pelo país e deu discursos em que questionava se era ilegal que um cidadão americano votasse. Ao ser detida no dia 18 de novembro, um policial pediu que ela o acompanhasse ao centro da cidade. Ela perguntou se era daquela forma que ele prendia homens. Quando o policial respondeu que não, ela pediu para ser “presa corretamente”.

Fonte: Revista Super Interessante. 







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