Mulher, surda, cega, militante e defensora das pessoas com deficiência e das mulheres, Helen Keller foi uma pessoa que bravamente lutou pelos seus ideais, sendo reconhecida pelos seus escritos e atos ativistas.
Helen
Keller foi uma escritora e ativista social norte-americana. Cega e surda,
formou-se em filosofia e lutou em defesa dos direitos sociais, das mulheres e
das pessoas com deficiência. Foi a primeira pessoa cega e surda a entrar para
uma instituição de ensino superior.
Helen
Adams Keller nasceu em Tuscumbia, Noroeste do Alabama, Estados Unidos, no dia
27 de junho de 1880. Filha de um capitão aposentado e editor do jornal local,
com 19 meses de idade contraiu uma doença desconhecida diagnosticada como febre
cerebral, que a deixou cega e surda.
Em 3 de março de 1887, antes de completar sete anos de idade, passou a contar com a ajuda da professora Anne Sullivan, que foi contratada pela família e passou a morar em sua casa. A professora, que aos cinco anos perdera parte da visão e aos dez ficou órfã de mãe, foi abandonada pelo pai e colocada em um albergue. Em 1886, graduou-se na Perkins School for the Blind, uma escola para cegos, e começou a procurar um emprego.
Com muito trabalho e paciência, a partir de abril de 1887, Anne conseguiu fazer Helen entender o significado das palavras que eram soletradas em sua mão, pela professora. Mais tarde, numa rápida assimilação, ela aprendeu os alfabetos Braille e o manual, o que facilitou sua escrita e leitura. Além de conseguir aprender a ler, escrever e falar, Helen estudou as disciplinas do currículo regular da escola.
Antes de se formar, Helen escreveu a autobiografia ‘A História de Minha Vida’, que foi publicada em 1902. Em sua árdua luta para se integrar à sociedade, escreveu uma série de artigos para o ‘Ladies Home Journal’. Em seus trabalhos literários, usava a máquina de datilografia de Braille para preparar os artigos e depois os copiava na máquina de datilografia comum.
Em 1904, graduou-se bacharel em Filosofia pelo Radcliffe College. Desenvolveu diversos trabalhos em favor das pessoas com deficiência, participou de campanhas pelo voto feminino e pelos direitos trabalhistas. A partir de 1924, Helen foi nomeada membro e conselheira em relações nacionais e internacionais da American Fundation for the Blind, uma instituição para informações sobre a cegueira, fundada em 1921. A partir de 1946 deu início a uma série de viagens, visitando 35 países. Em 1952, foi nomeada ‘Cavaleiro da Legião de Honra da França’. Recebeu a ‘Ordem do Cruzeiro do Sul’, no Brasil; o Tesouro Sagrado, no Japão; e o prêmio ‘Medalha de Ouro do Instituto Nacional de Ciências Sociais’, entre outros.
Helen
Keller faleceu em Easton, Connecticut, Estados Unidos, no dia 1 de junho de
1968. Nesse mesmo ano, foi lançado o filme ‘O Milagre de Anne Sullivan’, um
drama biográfico baseado no livro de Helen.
Fonte: Observatório do terceiro setor.
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