Maria Tomásia Figueira foi uma mulher valente e de grande significância na abolição da escravatura no Estado do Ceará. Graças as suas lutas no âmbito da presidência da Sociedade das Cearenses Libertadoras houve o adiantamento da abolição no Ceará, antes mesmo da Lei Áurea ser estabelecida.
Maria Tomásia Figueira Lima foi uma aristocrata que lutou para que a abolição da escravatura no Ceará fosse adiantada. Nascida em 1826, em um município do interior do Ceará, ela se mudou para Fortaleza após se casar com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Em Fortaleza, ela se tornou uma das maiores articuladoras do movimento abolicionista do estado: Maria Tomásia foi a cofundadora e primeira presidente da Sociedade das Cearenses Libertadoras, a entidade que mais lutou em prol desta causa na época. O movimento, fundado em 08 de dezembro de 1880, reunia 22 mulheres de famílias influentes que argumentavam a favor do fim da escravidão.
Ao fim da primeira reunião, elas assinaram 12 cartas de alforria e, posteriormente, conseguiram que os senhores de engenho assinassem mais 72. O grupo chegou a conseguir apoio financeiro até do Imperador Dom Pedro II. O movimento também promovia reuniões abertas ao público e nestes eventos as mulheres da Sociedade sempre ressaltavam a importância da libertação dos escravizados.
As mulheres também recorriam aos jornais e clamavam pela abolição de toda a província. A ação foi fundamental para que o Ceará decretasse a libertação dos escravizados antes da Lei Áurea. No dia 25 de março de 1884, Maria Tomásia estava presente na Assembleia Legislativa, onde ocorreu o ato oficial de libertação dos escravizados do Ceará.
Fonte: Observatório do Terceiro Setor.
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