ESTAMIRA

ESTAMIRA GOMES DE SOUSA (70 anos) 

Catadora de Lixo 

* Fazenda Jenipapo - Jaraguá, GO (07/04/1941) + Rio de Janeiro, RJ (28/07/2011) 


Pobre, negra, catadora de lixo e doente mental. Estamira ganhou reconhecimento nacional e internacional ao ter sua história exposta em um documento premiado. 



Estamira Gomes de Sousa, sou somente Estamira, conhecida por protagonizar documentário homônimo, foi uma senhora que apresentava distúrbios mentais, vivia e trabalhava, à época da produção do filme, no aterro sanitário de Jardim Gramacho, local que recebe os resíduos produzidos na cidade do Rio de Janeiro.
Tornou-se famosa pelo seu discurso filosófico, uma mistura de extrema lucidez e loucura, que abrangia temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões existenciais acerca de si mesma e da sociedade dos homens.

"Ela acreditava ter a missão de trazer os princípios éticos básicos para as pessoas que viviam fora do lixo onde ela viveu por 22 anos. Para ela, o verdadeiro lixo são os valores falidos em que vive a sociedade." (Marcos Prado, diretor do filme) 

Lançado em 2005, "Estamira" foi dirigido por Marcos Prado, sócio de José Padilha na Zazen Produções, e produtor de "Tropa de Elite 1 e 2". O documentário segue a personagem-título, uma mulher que possui problemas mentais e sobrevivia com o que encontrava no aterro sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O documentário foi premiado em diversos festivais no Brasil e no mundo - no total, 23 estatuetas -, incluindo melhor documentário pelo júri oficial no Festival do Rio de Janeiro, na Mostra de Cinema de São Paulo e o Grande Prêmio do Festival Internacional de Documentário de Marseille.
No filme, que ganhou 33 prêmios no Brasil e no mundo, Estamira cria uma linguagem própria e teoriza sobre Deus, educação, meio ambiente e comunismo, sem hesitar. Suas análises são resultado da mistura entre as vozes que diz escutar do Além com registros de sua memória. Alfabetizada pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), a ex-catadora de lixo conta que nunca teve o costume de ler. Onde aprendeu tudo aquilo? "Com a experiência da vida, vendo como a banda toca!"
 
Fonte: Famosos que partiram.

Chimamanda Ngozi Adichie

Mulher, negra, escritora e feminista, essa é Chimamanda Ngozi Adichie; uma mulher que não tem medo de falar o que pensa, aborda sobre "os perigos de uma história única" entre inúmeras outras coisas. 


Escritora criativa nigeriana e ensaísta, com envolvimento e liderança no pensamento feminista. Nasceu em Enugu, de uma família de origem Igbo da cidade de Abba, no Estado de Anambra, mas cresceu em Nsukka. O pai era professor de Estatística na Universidade da Nigéria e mais tarde tornou-se vice-chanceler adjunto da instituição, enquanto a mãe era graduada em Sociologia e tabeliã. Adichie completou sua formação na Universidade Escola da Nigéria, vencendo diversos prêmios por excelência acadêmica. 
Ela estudou Farmácia e Medicina na universidade por um ano e meio, mas rapidamente percebeu que não queria seguir esta carreira. Desde a juventude escreveu algumas peças e obras em prosa, sendo influenciada pela escritora inglesa Enid Blynton, mas sobretudo pelos romancistas africanos Chinua Achebe, seu conterrâneo, e Câmara Laye, que oferecera a ela perspectivas de pensar a africanidade. Em 1997, publicou uma coleção de poemas intitulada Decisions (Decisões), e deixou a Nigéria para estudar Comunicação na Universidade Drexel, na Filadélfia. Depois de dois anos, pediu transferência para a Universidade Estadual de Eastern Connecticut, onde completou o bacharelado em Comunicação e especialização em Ciência Política (2001).  
Foi quando começou a escrever o romance Purple hibiscus (Hibisco Roxo), publicado em 2003, quando passou a ganhar reconhecimento no cenário da literatura internacional. Em 2004 ela obteve um diploma de Mestrado em Escrita Criativa na Universidade John Hopkins e em 2005-2006 obteve uma bolsa de estudos Hodder da Universidade de Princeton, onde lecionou Introdução à ficção. No outono de 2006, matriculou-se no Programa de Mestrado em História Africana da Universidade de Yale. Paralelamente, ela continuava sua carreira de escritora, publicando numerosas histórias em periódicos internacionais como Granta e o New Yorker e diversos ensaios em jornais de prestígio, incluindo o Guardian e o Washington Post. 
Em 2006 foi publicado o seu segundo romance, Half of a yellow sun (Meio sol amarelo), que venceu o Prêmio Internacional de Conto David T. Wong, o Orange Broadband Prize de Ficção em 2007 e foi pré-selecionado para o Commonwealth Writers’ Prize de Melhor Livro (Região Africana) no mesmo ano. A obra teve também grande êxito comercial, especialmente no Reino Unido, e selou o status da escritora como um dos principais nomes da literatura africana no início do século XXI. Chimamanda regularmente retorna à Nigéria, apoiando ativamente talentos literários locais emergentes através da organização de workshops para aspirantes a escritores em Lagos. Em maio de 2008 ela se completou os estudos em Yale e se mudou para Columbia, Maryland. 
Em setembro do mesmo ano recebeu uma bolsa de estudos da Fundação MacArthur, um prêmio de 500.000 dólares. A primeira coleção de contos de Adichie, The thing around your neck (No seu pescoço), foi publicada em abril de 2009. Como escritora de ficção, suas obras tratam de dramas sociais nigerianos, mas também das situações dos imigrantes nos Estados Unidos, tema abordado em sua conhecida conferência no TED, intitulada “Os perigos de uma história única” (2009). Sua atuação e denúncia das desigualdades de gênero levou a que proferisse a conferência We shoud all be feminists (Sejamos todos feministas) (2012), em que compartilha sua experiência como mulher africana feminista, e sua visão sobre a construção de relações de gênero e sexualidade, que logo foi transformada em livro de grande impacto editorial em 2014.


Fonte: Biografia de Mulheres Africanas.

SONIA GUIMARÃES PRIMEIRA MULHER NEGRA DOUTORA EM FÍSICA NO BRASIL  * São Paulo / BRASIL (1957) Sonia Guimarães é um exemplo vivo de determin...