SONIA GUIMARÃES


PRIMEIRA MULHER NEGRA DOUTORA EM FÍSICA NO BRASIL 


* São Paulo / BRASIL (1957)


Sonia Guimarães é um exemplo vivo de determinação e pioneirismo, cuja jornada desafia os limites impostos pelo gênero e pela cor da pele. Sua notória trajetória começou com uma graduação em física (1979), atingindo seu apogeu com a obtenção do título de PhD em física pela renomada Universidade de Manchester, no Reino Unido, sendo este um marco histórico que a posicionou como a primeira mulher negra doutora em física no Brasil.

Natural de São Paulo (SP), Sonia enfrentou desafios desde cedo, mas sua paixão pela ciência e sua resiliência a impulsionaram a alcançar feitos notáveis. No ano de 1993, desafiando as normas do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Sonia ingressou como professora, tornando-se a primeira mulher a quebrar as barreiras de gênero na instituição, além de ter sido a primeira mulher negra a ocupar uma posição docente.

Sua presença no ITA e no campo educacional-científico transcendeu as barreiras do ensino, visto que foi e continua a ser uma inspiração para toda uma geração de estudantes, mulheres, e negros desse país, demonstrando que a excelência na ciência não conhece limites.

Sua dedicação e comprometimento foram reconhecidos em maio de 2023, quando recebeu a Medalha Santos Dumont de Honra ao Mérito, em celebração aos seus 30 anos de contribuição para o ITA. Ademais, em dezembro do mesmo ano, Sonia foi reconhecida pela Bloomberg Línea como uma das 100 pessoas mais inovadoras da América Latina.

Atualmente, aos 66 anos, Sonia reside em São José dos Campos, continuando a lecionar no ITA e inspirando outros a seguirem seus passos. Essa ilustre figura feminina é uma prova viva de que a determinação e a paixão podem abrir caminhos onde antes só havia barreiras, deixando um legado de superação e excelência para as futuras gerações.

 

Fonte: IRIC e MARCO ZERO. 

KATIE BOUMAN 

UMA DAS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS POR CRIAR UM ALGORITMO CAPAZ DE GERAR A IMAGEM DO BURACO NEGRO 

* Indiana / EUA (1989)

Katie Bouman liderou o desenvolvimento do algoritmo CHIRP, em 2016, para criar a primeira imagem de um buraco negro ao unir 5 petabytes de dados de radiotelescópios. Com um Ph.D. pelo MIT, Bouman é pós-doutoranda no Event Horizon Telescope e professora assistente no Caltech/MIT, enfatizando o papel da computação na pesquisa astronômica.


Katherine (Katie) Bouman desempenhou um papel crucial na criação do algoritmo CHIRP em 2016, que permitiu a combinação de 5 petabytes de dados coletados por oito radiotelescópios ao redor do mundo, formando um telescópio virtual do tamanho da distância máxima entre eles. Esse algoritmo foi essencial para gerar a primeira imagem de um buraco negro. O desafio consistiu em harmonizar as diferentes taxas de aquisição de dados dos telescópios e desenvolver um método para identificar e excluir ruídos de interferência, refinando as imagens coletadas.
Katie Bouman, com um Ph.D. pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ingressou no projeto há seis anos, quando o MIT lançou a iniciativa. Ela possui formação em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação e atualmente é pós-doutoranda no Event Horizon Telescope (EHT), além de lecionar como professora assistente no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) no departamento de ciência da computação do MIT. Seu trabalho exemplifica a importância da colaboração científica e da aplicação da computação em avanços notáveis na astronomia.

Fonte: SBF. 

VERA RUBIN


ASTRÔNOMA E RAINHA DAS GALÁXIAS


* Pensilvânia / EUA (1928) + Nova Jersey / EUA (2016)


Vera Cooper Rubin, astrônoma norte-americana, desafiou obstáculos de gênero ao provar a existência da matéria escura no universo. Rejeitada pela Universidade de Princeton, ela obteve seu doutorado em Georgetown, destacando-se pela pesquisa sobre galáxias. Apesar de suas contribuições notáveis, nunca recebeu o Prêmio Nobel da Física, mas seu legado inspira a igualdade de gênero na ciência. Vera Rubin continuou sua pesquisa até falecer aos 88 anos.


Vera Cooper Rubin, nascida em 1928 na Filadélfia, EUA, é uma inspiradora cientista que desafiou as barreiras enfrentadas pelas mulheres no campo das exatas. Desde sua infância, ela demonstrou uma paixão pela astronomia, construindo seu próprio telescópio com a ajuda de seu pai. No entanto, sua jornada acadêmica não foi fácil, pois a Universidade de Princeton a rejeitou devido ao seu gênero, forçando-a a obter seu mestrado em Cornell e doutorado em Georgetown. Mesmo enfrentando discriminação e obstáculos, Vera Rubin perseverou, ganhando acesso ao Observatório Palomar, na Califórnia, e, ao estudar a galáxia Andrômeda, comprovou a existência da matéria escura, uma descoberta revolucionária. Apesar de suas contribuições significativas para a ciência, ela nunca recebeu o Prêmio Nobel da Física, destacando as desigualdades de gênero persistentes na área. Vera Rubin continuou sua pesquisa até sua morte aos 88 anos, deixando um legado inspirador para as futuras gerações.

Vera Rubin é um exemplo inspirador de uma cientista que quebrou barreiras de gênero e fez contribuições notáveis para o campo da astronomia. Sua dedicação à pesquisa e sua coragem em enfrentar adversidades demonstram a importância de promover a igualdade de gênero nas ciências e lembrar que o verdadeiro prêmio está na busca do conhecimento e na descoberta de algo novo no universo. Sua história é um lembrete de que o talento e a paixão não têm gênero, e que as mulheres têm um papel fundamental a desempenhar no avanço da ciência. 


Fonte: Espaço do Conhecimento (UFMG). 


MARGARET HAMILTON

MÃE CIENTISTA NA LIDERANÇA DA APOLLO 11

* Indiana / EUA (1936) 

Margaret Hamilton, uma cientista da computação com formação em Matemática, desafiou estereótipos de gênero ao liderar o desenvolvimento do software de voo da Apollo 11 da NASA e receber a Medalha Presidencial da Liberdade. Sua carreira abrangente abrangeu meteorologia, programação de defesa aérea e inovações na engenharia de software. Ela quebrou barreiras, destacou a importância da diversidade nas ciências e inspirou futuras gerações.



Margaret Hamilton, uma cientista da computação com formação em Matemática, deixou uma marca indelével na história da ciência da computação e da exploração espacial. Sua carreira notável incluiu mais de 50 projetos e uma destacada contribuição no desenvolvimento do software de voo da Apollo 11 da NASA, que lhe rendeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2016. Antes de seu papel fundamental na Apollo 11, Hamilton acumulou experiência em previsão climatológica e programação para o projeto SAGE, além de liderar uma equipe no MIT dedicada ao projeto Apollo. Ela quebrou barreiras de gênero ao se autodenominar "Engenheira de Software" e enfrentou desafios na conciliação entre trabalho e maternidade, ressaltando a importância de reconhecer a jornada contínua das mulheres.
O legado de Margaret Hamilton transcende estereótipos e enfatiza a necessidade de mais mulheres nas ciências, mostrando como a diversidade de gênero pode impulsionar avanços significativos. Sua trajetória inspiradora destaca a perseverança, inovação e a importância de reconhecer o trabalho das mulheres em áreas historicamente dominadas por homens, preparando o terreno para um futuro mais inclusivo e igualitário nas ciências e na tecnologia.

Fonte: SBC Horizontes. 

SALLY RIDE

PRIMEIRA MULHER AMERICANA A VIAJAR PARA O ESPAÇO 

* Los Angeles / EUA (1951) + La Jolla / EUA (2012)

Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço e astronauta LGBT, nasceu em Los Angeles em 1951, graduou-se em Inglês e Física em Stanford e obteve um PhD em Física. Ela quebrou barreiras de gênero ao ser selecionada como uma das primeiras astronautas da NASA, voando em 1983 e 1984. 



Sally Ride, a primeira mulher americana no espaço e a primeira astronauta abertamente LGBT conhecida, nasceu em 1951 em Los Angeles, Califórnia, vindo de uma família com um fundo acadêmico e um compromisso com a justiça social. Depois de se formar em Inglês e Física pela Stanford University e obter um PhD em Física, Ride superou uma intensa competição para se tornar uma das seis primeiras astronautas da NASA. Em 1983, ela fez história ao se tornar a primeira mulher americana a viajar para o espaço a bordo do ônibus espacial Challenger, e em 1984, realizou outra missão espacial.
Além de suas conquistas na NASA, Sally Ride quebrou barreiras de gênero e continuou a inspirar mulheres e meninas a seguir carreiras em STEM. Após sua carreira na NASA, ela se tornou professora de física e co-fundou a organização sem fins lucrativos Sally Ride Science, dedicada a inspirar jovens a explorar as ciências e as carreiras relacionadas. Apesar de sua morte em 2012, seu legado perdura, influenciando uma mudança significativa na diversidade de gênero na NASA e inspirando futuras gerações de cientistas e astronautas. Seu impacto se estendeu além das fronteiras da exploração espacial, deixando um legado duradouro de igualdade de oportunidades e empoderamento feminino nas ciências. 

Fonte: Storyboard That.
MARY JACKSON 

PRIMEIRA MULHER NEGRA ENGENHEIRA DA NASA

* Hampton / EUA (1921) + Hampton / EUA (2005)

Mary Jackson nasceu em 1921, formou-se em matemática e ciências físicas e ingressou na NASA em 1951. Tornou-se a primeira mulher negra engenheira da NASA em 1958. Posteriormente, mudou de carreira para promover a igualdade de oportunidades e orientar jovens mulheres e minorias. Sua carreira na NASA durou até sua aposentadoria em 1985.



Mary Jackson, nascida em 9 de abril de 1921 em Hampton, Virgínia, foi uma pioneira na NASA e uma figura inspiradora na luta por igualdade e oportunidades para as minorias. Após concluir seus estudos em matemática e ciência física, ela ingressou na NACA (predecessora da NASA) em 1951 como matemática, superando barreiras raciais e de gênero para se tornar a primeira mulher negra engenheira da NASA em 1958. Durante quase duas décadas, Mary se destacou em sua carreira, especializando-se em túneis de vento e análise de dados de aeronaves experimentais. No entanto, ao enfrentar dificuldades para avançar em sua carreira, ela fez a transição para o cargo de Gerente do Programa de Oportunidades Iguais, onde dedicou-se a aconselhar e apoiar jovens mulheres e minorias em suas trajetórias profissionais. Mary continuou a trabalhar na NASA até sua aposentadoria em 1985, deixando um legado duradouro de determinação, inclusão e mentorship.
O impacto de Mary Jackson na NASA e na sociedade transcendeu suas realizações profissionais, pois ela se tornou um modelo a ser seguido, incentivando futuras gerações a perseguirem seus sonhos e superarem barreiras. Sua história de resiliência e dedicação continua a inspirar aqueles que buscam igualdade de oportunidades e reconhecimento de talentos, independentemente de sua origem racial ou de gênero.

Fonte: M de Maravilhosa. 
DOROTHY VAUGHAN

PRIMEIRA SUPERVISORA NEGRA DA NASA

Kansas City / EUA (1910) + Hampton / EUA (2008)

Dorothy Vaughan destacou-se como uma das mentes mais talentosas dos Estados Unidos durante a era da corrida espacial, mesmo enfrentando a flagrante discriminação racial que caracterizava a época. Ela desempenhou um papel pioneiro na implementação de computadores para realizar cálculos de trajetória em projetos da NASA, deixando uma marca indelével na história da agência espacial.



Dorothy Vaughan, originalmente Dorothy Johnson, graduou-se em ciências na Universidade de Wilberforce em 1929. Casou-se com Howard Vaughan em 1932, permanecendo casada até seu falecimento em 2008. Devido à Grande Depressão, ela abandonou a ideia de cursar um mestrado e se tornou professora de matemática em Farmville, Virgínia.
Sua trajetória mudou em 1943 quando a Ordem 8802 do presidente Franklin Roosevelt abriu portas para oportunidades na National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), precursora da NASA. Vaughan foi admitida como uma das primeiras mulheres negras a trabalhar como "computadora", encarregada de cálculos cruciais para a corrida espacial. Apesar das baixas expectativas, ela se destacou e se tornou a primeira supervisora negra da NACA em 1949.
Quando a NASA surgiu em 1958, Vaughan e sua equipe enfrentaram a transição para computadores IBM. Em vez de aceitar o desemprego iminente, ela aprendeu e ensinou programação FORTRAN, garantindo empregos para sua equipe e expandindo as oportunidades para mulheres negras no campo. Seu legado persiste como um exemplo de perseverança, inteligência e luta por igualdade de direitos, e sua história inspirou o filme "Hidden Figures" (Estrelas Além do Tempo), lançado em 2016. Dorothy Vaughan é reconhecida como uma das mentes mais brilhantes da NASA e uma figura essencial na exploração espacial.

Fonte: Eldorado - Inspiração pelo novo. 

SONIA GUIMARÃES PRIMEIRA MULHER NEGRA DOUTORA EM FÍSICA NO BRASIL  * São Paulo / BRASIL (1957) Sonia Guimarães é um exemplo vivo de determin...